Esse é um assunto que pode despertar receios, afinal, muitos se inclinam a interpretar que uma pessoa que toma crédito é uma pessoa com problemas financeiros. Podemos afirmar que esse assunto ainda é um tabu, uma vez que a palavra normalmente provoca interpretações negativas, ou seja, de que aquela pessoa ou empresa está mal financeiramente. 

Mas será que essa premissa é coerente? Ou será que a tomada de crédito, por muitas vezes, pode ser um divisor de águas para as propriedades de leite? 

Eu, que estou inserida neste contexto há alguns anos, posso garantir que o crédito é uma importante ferramenta para a boa gestão de uma propriedade rural ou qualquer tipo de empresa. O crédito só será maléfico e gerará prejuízos à saúde financeira quando ele representar um comprometimento da renda desproporcional para o tomador do recurso. Por exemplo, se as amortizações e os juros da operação impossibilitarem a geração de caixa da empresa. 

Nesse contexto, fica mais palpável desmistificar a fala de que uma fazenda endividada é uma propriedade que está comprometida ou sofre com um mal gerenciamento. A verdade é que, ao analisarmos os indicadores financeiros, saberemos quando a tomada de crédito é um forte alicerce no cotidiano do produtor rural. 

Vamos a algumas situações do dia a dia? 

Se o crédito for tomado para aproveitar bons preços de mercado, como, por exemplo, para a compra de fertilizantes ou ingredientes que compõem a dieta dos animais, como farelo de soja ou caroço de algodão, ele se torna um verdadeiro trunfo. Isso porque, se o produtor consegue um bom desconto e quer aproveitá-lo, mas não tem dinheiro em caixa, ele pode optar pelo crédito da RúmiCash e fazer a comparação do valor total do crédito vs. o preço do insumo sem desconto. Em suma, se o desconto que ele recebeu na compra daquele produto for suficiente para valer a pena a tomada de crédito com o pagamento de juros, acaba se tornando uma ótima alternativa para o produtor.

Uma outra possibilidade é o uso de crédito para a realização de investimentos na propriedade rural, como para a construção de um compost barn. Se o pecuarista não possui naquele momento toda a quantia necessária para levantar o barracão e comprar os equipamentos, o crédito auxilia neste processo e se torna vantajoso já que, no longo prazo, a elevação de produtividade dos animais nesse sistema produtivo irá angariar uma receita que compensará os juros que ele pagou ao tomar o recurso financeiro com a RúmiCash. 

A compra de animais também vale ser ressaltada, pois, muitas vezes, a fazenda não tem dinheiro à vista para aumentar o rebanho e, consequentemente, o volume da sua produção. Nesse caso, o custo total da dívida será inferior ao retorno que ele terá com a produção de leite dessas novas vacas que chegarão no plantel. 

Meu intuito com esse artigo é reforçar que, se uma dívida for tomada em um volume que caiba dentro do balanço daquela fazenda, que seja proporcional à geração de caixa e se for planejada com o objetivo de melhorar a eficiência da propriedade, ela trará apenas benefícios. 

A RúmiCash já “coleciona” casos reais de centenas de produtores de leite que usaram o crédito para investir em suas instalações ou aproveitar oportunidades de compra de insumos e tiveram um retorno financeiro muito superior ao custo da dívida. 

Após essa explanação, você ainda tem alguma dúvida de que o crédito pode ser – e muito! – explorado para impulsionar a produção leiteira a atingir um outro nível?