- Staphylococcus aureus pode ser causa de mastite clínica, mas é uma das principais causas de mastite subclínica, com características de casos crônicos e de baixa resposta aos tratamentos com antibiótico;
- É uma das principais causas de mastite “contagiosa”. O reservatório principal desta bactéria são os quartos mamários das vacas infectadas, mas este agente também pode ser encontrado no canal e nas lesões dos tetos, na pele dos tetos, focinhos e narinas. A transmissão de Staph. aureus ocorre durante a ordenha, devido às falhas de desinfecção dos tetos (pós-dipping), mãos dos ordenadores, panos de uso múltiplo, flutuações de vácuo na ordenha que forçam a entrada da bactéria no canal do teto e moscas. Desta forma, as vacas infectadas por Staph. aureus devem ser segregadas na ordenha (ordenhadas por último), ou então devem ser ordenhadas com conjunto de teteiras separadas para esta finalidade (ex: uso de uma unidade móvel – balde ao pé).
- As primíparas podem ser um dos reservatórios de aureus, pois podem parir já com a infecção. Entre as possíveis origens de novas infecções causadas por Staph. aureus em primíparas antes do parto pode-se destacar: a alimentação de bezerras com colostro ou leite contaminado com Staph. aureus e a ação de moscas.
- Para o melhor entendimento do potencial problema de Staph. aureus no rebanho, bem como outros microrganismos, é recomendado que faça exame de cultura microbiológica do leite dos animais que apresentarem CCS > 200 mil células/ml, e de todos novos casos de infecções subclínicas (CCS <200 mil na análise anterior e > 200 mil na análise atual), dos animais pós-parto (principalmente novilhas) e de mastite clínica.
- Mastite causada por aureus tem cura? Sim, as chances de cura de Staph. aureus por tratamentos com antibiótios durante a lactação são máximas em primíparas, em fase inicial de lactação (primeiro terço de lactação) e sem histórico de mastite clínica no quarto mamário. Novas infecções por Staph. aureus podem ser tratadas com antibióticos, principalmente em primíparas. Por outro lado, o uso de terapia estendida (5 à 8 dias de tratamento) aumenta as chances de cura de mastite causada por Staph. aureus. No entanto, o tratamento de vacas crônicas, com mais de duas lactações e com histórico de mastite no quarto acometido tem baixas chances de cura. Nestes casos, as opções de manejo destas vacas são: a antecipação da secagem e uso de tratamento de vaca seca, secagem permanente dos quartos infectados ou descarte das vacas infectadas.