A Granja Lodilatte conquistou os holofotes na edição 2024 do prêmio Melhores do Ano RúmiScore. A propriedade ficou em 1º lugar no ranking geral, 1º lugar no perfil 1 (predominantemente europeu) e foi campeã na categoria < 500 vacas em lactação. Um reconhecimento que coroa uma jornada marcada por muito trabalho, evolução e foco na excelência.
A história da propriedade começou de forma simples: com poucas vacas, sistema de ordenha balde ao pé e os animais soltos no pasto. A ordenha era realizada duas vezes ao dia, e as vacas recebiam trato no cocho ao ar livre. Com o tempo, vieram as melhorias: primeiro, a transição para o sistema de free stall e, mais tarde, a implementação do compost barn, buscando sempre melhores condições de conforto e manejo.
Atualmente, os animais permanecem no compost durante todo o tempo, com ordenha em horários fixos. Ainda assim, o produtor já pensa em evoluções futuras, como a volta ao free stall – agora com cama de serragem – e até mesmo a climatização do ambiente.
“Aqui temos dias muito quentes e mesmo com ventilação e banho, ainda não é suficiente para aliviar a temperatura corporal das vacas. Esse é, sem dúvida, um dos nossos maiores desafios”, afirma o proprietário Bruno Roman. Hoje a fazenda conta com 160 vacas em lactação.
Além do conforto térmico, o clima também interfere diretamente na produção agrícola da fazenda, que trabalha com lavouras pequenas. “Às vezes, o resultado não é o esperado, mas nossa parte é sempre feita com dedicação. Tentamos tirar o máximo de cada cultura”, completou Bruno.
O impacto do RúmiScore na gestão da fazenda
Estar entre os finalistas do RúmiScore foi, segundo o produtor, uma experiência transformadora. “Nós nunca tínhamos alcançado números tão bons. Sempre buscamos o topo e estar entre os melhores é muito gratificante.”
Antes do uso do sistema, muitas decisões na granja eram feitas no escuro:
“Não sabíamos quais vacas estavam prenhas, quais estavam vazias, nem mesmo a produção leiteira exata de cada uma. Era tudo no chutômetro.”
A partir da introdução do RúmiScore, a gestão se transformou. “No início é sempre mais difícil, mas começamos a registrar dados e, hoje, dois anos depois, temos tudo na palma da mão: taxa de prenhez, produção de leite, dados de partos e secagem, tudo. Isso facilitou muito a tomada de decisões.”
O sistema permitiu identificar com clareza vacas que precisavam ser descartadas por baixa produção ou por apresentarem inseminações excessivas. “Hoje, tomamos decisões muito mais assertivas porque temos os números na tela do computador.”
Excelência em cada detalhe
O sucesso da Granja Lodilatte vai além da tecnologia. A criação de bezerras, o cuidado com a sanidade, a produção padronizada de silagem e o foco constante em melhorar cada detalhe do sistema de produção também são pilares importantes.
“Estamos sempre em busca da excelência: na sanidade, no manejo, nas pessoas que contratamos, em tudo. Procuramos fazer o básico bem feito – aquele arroz com feijão que exige anos de aprimoramento.”
Segundo Bruno, a tecnologia veio para ajudar, trazendo respostas que nem mesmo os profissionais mais experientes conseguiam dar. “Mas não basta ter os sistemas. É preciso estudar, se dedicar e aplicar o conhecimento com consistência.”
O futuro da atividade depende de gestão
Para ele, o futuro da pecuária leiteira será cada vez mais restrito aos que estiverem preparados. “Hoje, são poucos os produtores que vão continuar no mercado. Quem não se especializar, quem não se apoiar em dados e ferramentas, vai ter dificuldades.”
A principal recomendação? Buscar conhecimento e acompanhar os indicadores. “Antes, os descartes eram feitos no escuro. Hoje, usamos critérios bem definidos. Todo produtor deveria, ao menos, conhecer ferramentas como o RúmiScore. Ter números é fundamental para tomar as decisões certas”, completou Bruno.
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