Granja Marivo: “avançamos muito no tratamento da mastite já que ele se tornou mais eficaz e assertivo”

A Granja Marivo está localizada no município de Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, pertencente a uma família de pequenos produtores, cuja filha dos mesmos, Ivoni Spellmeier, juntamente com seu marido Marino Spellmeier a assumiram em 1999. Ambos trabalhavam no exterior e deixaram a propriedade aos cuidados de uma outra família até 2006.

Quando Marino e Ivoni voltaram do exterior, nomearam a propriedade de Granja Marivo, juntando as iniciais de seus nomes, Marino e Ivoni, surgindo então a palavra Marivo. Marino começou a se interessar mais pelo ramo, buscando maiores conhecimentos e mão de obra para auxiliar na propriedade, agregando ao todo, seis colaboradores.

Adquiriu dez novilhas da raça Jersey em 2009 para agregar mais sólidos ao leite, além de ser uma raça pela qual tinha simpatia, sendo até então o plantel 100% da raça Holandesa.

De 2010 para 2012 a produção anual cresceu 120.000 litros, pois a partir de 2012 a quantidade de animais em ordenha também aumentou para 100, além da contribuição do melhoramento genético que já mostrava resultados. A partir de 2012, Marino começou a ter maior auxílio de Fernanda Mattes que passou a se dedicar e assumir a propriedade, deixando-a a cargo da administração total, em 2018.

Em 2022 atingiu-se a marca de 1.155.139 litros produzidos ao ano, com com aproximadamente 120 vacas em lactação no sistema a pasto, com ordenha dupla de cinco conjuntos de extração automática. A capacidade total de alojamento para os animais se alimentarem é de 113 animais, excedendo algumas vezes na época do inverno, onde há maior concentração de pasto e partos.

Atualmente, a propriedade está com excesso de animais, tendo dificuldade em vender os de descarte ou os destinados para a recria. O maior desafio está no controle das diarreias em bezerras, mesmo já tendo melhorado muito após a construção da bezerreira com capacidade para 20 animais. Como em outras propriedades, também há o desafio de encontrar mão de obra e nem se exige mais a qualificação, pois tudo é possível aprender quando há interesse.

Segundo Fernanda, a propriedade já teve muitos problemas de descarte de animais por problemas de casco e por questões de mastites não curadas. “Após começarmos a nos dedicar à genética e cuidar da estrada por onde as vacas passam, esse problema melhorou cerca de 90%. Já na questão das mastites, começamos a utilizar a estufa com as placas de cultura da OnFarm, com isso tivemos um grande avanço nos tratamentos que foram mais eficazes e assertivos, além de descobrir que em muitas vezes nem é necessário realizar tratamento algum, pois a vaca já conseguiu combater o agente causador da mastite”, disse ela.

Desde novembro de 2022, a granja começou também a utilizar uma vacina para os principais agentes causadores de mastite, mas, a eficácia da mesma ainda está sendo avaliada. 

“Na questão da qualidade do leite, ensinamos a todos os colaboradores da ordenha todos os passos para que não ocorra a contaminação nem do leite e nem da vaca. Resultado disso é que a CBT (Contagem Bacteriana Total) do tanque fica em torno de 2.000 a 8.000 UFC/ml, e a CCS (Contagem de Células Somáticas) em torno de 250.000 a 350.000 células/ml. Nosso objetivo é conseguir identificar o maior número de animais com mastites contagiosas ou não curativas e eliminá-los ou separá-los dos demais animais sadios. Com isso queremos chegar no patamar de 150.000 a no máximo 250.000 de CCS”, acrescentou Fernanda. 

De acordo com ela, o mercado do leite é como uma montanha russa, com pequenas subidas, mas grandes descidas. “O leite de qualidade não é remunerado como deveria e ainda é misturado com leite que passa com os requisitos mínimos para a qualidade. Nesse ano não esperamos grandes mudanças em valores, pois o sistema é sempre o mesmo, quando o produtor realmente começa a ser remunerado próximo ao seu custo de produção, há o incentivo a importação de leite em pó para baixar os custos aos consumidores, e desse leite em pó não se sabe a procedência e nem a qualidade.

Gostaríamos que os produtores de leite fossem remunerados conforme seu custo de produção, que houvesse a sensatez de analisar todos os desafios que o produtor passa para produzir o ‘ouro branco’, pois não é somente ir na ordenha e esperar a vaca produzir. Há todo um contexto”, finalizou.

Sobre a OnFarm
A OnFarm traz uma solução simples, inovadora e única, que permite a identificação da causa da mastite em 24 horas, na própria fazenda, através da cultura microbiológica.
Conhecer o agente de forma rápida é indispensável para o sucesso de qualquer programa de controle da mastite. A tecnologia acredita no empoderamento dos produtores, para que tomem decisões cada vez mais assertivas.

O produtor em primeiro lugar, sempre.
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Autora do artigo:

Raquel Maria Cury Rodrigues, zootecnista pela Unesp de Botucatu, especialista em Gestão da Produção pela Ufscar e redatora da Equipe Rúmina.

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