Gestão, presença e evolução: os pilares da produção leiteira na Fazenda Santa Helena

No coração do Triângulo Mineiro, a Fazenda Santa Helena, localizada em Lagoa Formosa/MG, mostra que excelência em produção leiteira é resultado direto da presença, visão de longo prazo e gestão eficiente. Sob o comando de Alex Soares Babilônia, proprietário da fazenda, e com o suporte técnico do médico veterinário Fabiano Silva Gonçalves, a propriedade foi a grande campeã na categoria “Perfil Racial 2: de 75% a 93,75% gado europeu” do Prêmio Melhores do Ano RúmiScore 2025 — reconhecimento que consagra uma trajetória marcada por evolução constante.

Instalações na Fazenda Santa Helena junto aos proprietários Heluza e Alex.

De 200 litros ao topo: a força do progresso com propósito

As atividades da Santa Helena começaram entre 2005 e 2006, com pouco mais de 200 litros de leite por dia e um sistema semiconfinado. Ao longo dos anos, vieram os investimentos em genética, estrutura e manejo — e a produção acompanhou essa curva ascendente. Um marco importante foi em 2017, com a adoção do sistema compost barn, que trouxe mais conforto para os animais e mais eficiência ao sistema produtivo. Atualmente a propriedade possui 220 vacas em lactação. 

Rebanho da Fazenda Santa Helena.

Tecnologia, manejo e gestão: o tripé da transformação

A evolução da ordenha é um retrato claro da modernização da fazenda. “Começamos com ordenha na lata, com três conjuntos no canzil. Fomos avançando até chegar no sistema atual, com oito conjuntos e extrator automático”, conta Fabiano.

O manejo também mudou. O pasto inicial deu lugar aos piquetes, depois aos piquetes rotacionados com suplementação no cocho — até chegar ao atual sistema de compost barn com dieta totalmente ajustada. Toda a reprodução hoje é feita por inseminação artificial, com uso de protocolos de IATF e, mais recentemente, a incorporação da transferência de embriões.

O diferencial? Um produtor que vive a fazenda

Para Fabiano, o principal diferencial da Santa Helena está na presença ativa e diária do produtor. “O Alex está em tudo: ele administra, mas também trata, ordenha, maneja os animais. Ele vive a rotina da fazenda. E isso muda tudo”, destaca.

Essa proximidade permite decisões rápidas e precisas. A gestão é baseada em dados e indicadores que orientam cada passo. Um exemplo recente foi a identificação, pelo RúmiScore, de uma baixa taxa de concepção em novilhas. A resposta foi imediata: “Passamos todas as novilhas para IATF e seguimos monitorando. Os dados são fundamentais para tomar decisões certeiras”, afirma Fabiano.

Sustentabilidade como prática diária

A fazenda também se destaca pela adoção de práticas sustentáveis. A água utilizada na lavagem das pistas e currais é reaproveitada por meio de um sistema com separador e lagoa de decantação. Uma solução simples e eficaz que reduz o consumo e reforça o compromisso com o meio ambiente.

Sem gestão, não há futuro

Fabiano é direto ao falar sobre o cenário atual da atividade leiteira: “Hoje, uma fazenda sem gestão tende a desaparecer. As margens estão apertadas e não dá mais para errar. Gestão deixou de ser diferencial e virou pré-requisito. É ela que sustenta a atividade.”

O reconhecimento como uma das fazendas campeãs no Prêmio Melhores do Ano RúmiScore 2025 é, para ele, motivo de orgulho — e não apenas pessoal. “É um reconhecimento coletivo. Do Alex, da equipe, de todo mundo que está na lida diária. A gente não faz nada sozinho, e ver esse trabalho entre os melhores do Brasil é gratificante demais.”

Com gestão presente, decisões baseadas em dados e paixão pelo que faz, a Fazenda Santa Helena prova que excelência na pecuária leiteira é construída todos os dias — no curral, no cocho, no escritório e no campo.

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