Entender como a mastite clínica se instala na fazenda leiteira e como evitar isso é um dos segredos para que a doença não se dissemine no plantel.
A mastite é a doença que mais acomete os rebanhos leiteiros e se relaciona fortemente com a qualidade do leite, fato que se torna um grande desafio devido aos inúmeros prejuízos gerados. Quando abordamos especificamente a mastite clínica, é importante que o produtor conheça o patógeno causador e também, se a sua origem é contagiosa ou ambiental. Essa etapa facilita o entendimento do foco do problema e o desenvolvimento de ações preventivas mais direcionadas.
No caso de patógenos contagiosos, o principal reservatório é o próprio úbere de um animal infectado e as infecções são disseminadas entre as vacas ou entre os quartos mamários e, nos ambientais, o reservatório principal dessas bactérias, como o próprio nome já diz, é o ambiente.
Detectar a mastite clínica de maneira precoce é o primeiro passo para combatê-la
Detectar a mastite no rebanho de forma precoce é essencial para uma tomada de decisão adequada e eficaz para a manutenção da qualidade do leite produzido. O teste da caneca de fundo preto é a ferramenta mais indicada para isso e classificar o grau de mastite de acordo com as características do leite e sinais clínicos dos animais também auxilia nos rumos que a fazenda deve seguir naquele momento.
E devemos tratar ou não a mastite clínica?
Sabemos que o tratamento “padrão” com antibióticos para todas as vacas que apresentam casos de mastite clínica ainda é a prática mais habitual, porém, esse comportamento pode ser revisto já que atualmente há tecnologias simples que permitem protocolos especializados e seletivos.
A cultura microbiológica no leite é um exemplo disso, pois permite que o produtor identifique os principais agentes causadores de mastite em 24 horas dentro da propriedade, sendo possível a tomada de decisão adequada quanto à utilização ou não de medicamentos, diminuindo o uso desnecessário de antibióticos e reduzindo os dias de descarte do leite. A cultura auxilia na maior assertividade do tratamento (quando necessário) e na adoção de melhores estratégias e manejos para o controle da enfermidade.
É interessante apontar que 50% dos casos de mastite clínica têm resultado de cultura microbiológica negativa, o que não justificaria o uso de antibióticos nesses casos. O principal fator que explica tal fato é a cura espontânea, ou seja, o sistema imune da vaca é capaz de combater a infecção.
São várias dicas para prevenir a mastite clínica, como: controle das condições ambientais; manutenção dos equipamentos de ordenha; uso do escore de sujidade; fortalecimento do sistema imune; treinamento de funcionários e uma boa rotina de ordenha (teste da caneca, pré-dipping, secagem dos tetos, colocação das teteiras e pós-dipping).
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