Cristian Martins
Diretor de Pesquisa e Inovação – OnFarm
“Consigo diferenciar o agalactiae do dysgalactiae em placas de meios cromogênicos?” é uma das perguntas mais frequentes que recebemos de técnicos e produtores.
Preparamos esse artigo exatamente para responder a essa pergunta. Vamos lá?
Os meios cromogênicos possuem substrato específicos que permitem o crescimento de patógenos com diferentes colorações, permitindo dessa forma a identificação presuntiva em 24h. A coloração exibida pelas colônias, depende por sua vez, da composição do substrato, de substâncias cromóforas (como um corante) e do microorganismo.
A tecnologia já está no mercado desde 1990, e passou a ser utilizada no diagnóstico de mastite, principalmente nos últimos 6 anos. Estudos científicos (Ganda et al. 2016; Granja et al., 2019) demonstraram alta acurácia de meios de cultura cromogênicos e seletivos para identificação de: S. aureus, SNA, Strep. uberis, Strep. agalactiae/dysgalactiae, Enterococcus, Lactococcus, E-coli, Pseudomonas, Klebsiella/Enterobater, Prototeca e levedura. Portanto, a utilização de meios cromogênicos permite identificar as principais causas da mastite na própria fazenda em 24h, de forma segura e de fácil interpretação.
No entanto, algumas bactérias como S. agalactiae e dysgalactiae crescem em tonalidades de azul muito próximas e não existe estudo científico que demonstrou ser possível diferenciar esses dois agentes em meios cromogênicos. Pequenas variações da tonalidade azul podem ocorrer não apenas devido a espécie bacteriana (S. agalactiae ou S. dysgalactiae), mas também por fatores como:
- Diversidade de cepas: pequenas diferenças na tonalidade da cor azul claro (tom mais esverdeada ou azul turquesa) podem variar de acordo com o tipo de cepa prevalente no rebanho. Desta forma, pode haver pequenas diferenças de tonalidades da coloração azul claro para a mesma espécie bacteriana, e variar de uma fazenda para outra;
- Tempo de incubação: pode resultar em pequenas variações de tonalidade, se avaliada em diferentes tempos de incubação: 16h ou 24h;
- Fundo e luminosidade do local onde a placa é avaliada: Fundo escuro ou branco, bem como luminosidade do local, podem resultar em pequenas alterações visuais das colônias, e diferenciações de cores muito próximas pode ficar dificultada.
Portanto, a tentativa de diferenciação de bactérias como S. agalactiae de S. dysgalactiae baseado em pequenas tonalidades de cores de meios de cultura cromogênicos não é um método confiável e com base científica.
Mas e ai? Como diferenciar os dois agentes? Sabendo da importância da diferenciação, estamos disponibilizando um novo teste complementar: o SmartStrep. Em apenas 2h é possível realizar a diferenciação entre os dois agentes, a partir da colônia presente na SmartColor.
Com mais essa inovação, reforçamos o nosso compromisso em fornecer aos nossos clientes informações precisas para tomada de decisão, apoiadas pela ciência.
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