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Por que identificar os agentes Gram-negativos causadores de mastite clínica (MC)?

Por que identificar os agentes Gram-negativos causadores de mastite clínica (MC)?

Brunna Granja
Med Vet – Central Atendimento OnFarm

Casos de MC são o motivo mais recorrente pelos quais as vacas leiteiras recebem tratamento com antimicrobianos. A não identificação dos agentes causadores da MC leva a um tratamento não seletivo, tratando inclusive casos de possíveis culturas negativas ou de bactérias Gram-negativas com alta chance de cura espontânea do animal.

As principais bactérias Gram-negativas que estão presentes nos casos de MC são Escherichia coli e Klebsiella spp., e por que é importante diferenciá-las?

  • Escherichia coli: casos de curta duração, normalmente a vaca apresenta uma resposta imune rápida e eficaz, com alta taxa de cura espontânea, não sendo necessário na maioria dos casos o uso de antimicrobianos.

Foto 1. Colônias de E coli isoladas na SmartColor2

  • Klebsiella: casos com fase subclínica mais longa, e tratamentos de casos clínicos menos bem-sucedidos; podem-se tornar casos crônicos.

Foto 2. Colônias de Klebisiella spp  isoladas na SmartColor2

Um estudo realizado nos EUA, a partir de dois rebanhos leiteiros (n = 168 casos de MC), teve como objetivo avaliar resultados de dois tipos de tratamento de MC, com 2 e 8 dias de terapia com cloridrato de ceftiofur, causadas por Escherichia coli (n = 56) e por Klebsiella pneumoniae (n = 56), em comparação com grupo controle sem tratamento (n = 56, sem aplicação de antibiótico).

Os resultados mostraram altas taxas de cura bacteriológica (CB) para Escherichia coli independente do tratamento (sem antibiótico, 2 e 8 dias de terapia), variando de 93 a 100%.

Já para Klebsiella spp. as taxas de CB apresentaram melhora entre os tratamentos sendo de 9% para o controle negativo (sem antibiótico)43% para o tratamento de 2 dias e 64% para o tratamento de 8 dias.

Este estudo é um exemplo da importância de conhecemos o agente causador da MC. A partir dessa informação, saberemos qual a melhor estratégia de tratamento adotar, como por exemplo, fazer o uso ou não de antibióticos, e qual a duração do tratamento.

Muitos nos perguntam: “qual é o melhor medicamento?”.

Sem a cultura na fazenda o tratamento é feito no escuro. Se tiver predominância de E coli, qualquer protocolo que utilizar “será um sucesso”, pois os animais apresentam uma alta taxa de cura espontânea (independentemente de ter usado antibiótico ou não).

Portanto, a nossa resposta é sempre a seguinte: com a cultura na fazenda voce mesmo encontrará a resposta para a sua fazenda e para os seus animais.

Confira aqui, sugestão de protocolo de tratamento de mastite clínica (via e duração).

Fonte:

Fuenzalida, M.J.; Ruegg, P.L. Negatively controlled, randomized clinical trial to evaluate intramammary

treatment of nonsevere, gram-negative clinical mastitis. Journal of Dairy Science, v. 102, p. 5438-5457, 2019.

rtColor2

Um estudo realizado nos EUA, a partir de dois rebanhos leiteiros (n = 168 casos de MC), teve como objetivo avaliar resultados de dois tipos de tratamento de MC, com 2 e 8 dias de terapia com cloridrato de ceftiofur, causadas por Escherichia coli (n = 56) e por Klebsiella pneumoniae (n = 56), em comparação com grupo controle sem tratamento (n = 56, sem aplicação de antibiótico).
Os resultados mostraram altas taxas de cura bacteriológica (CB) para Escherichia coli independente do tratamento (sem antibiótico, 2 e 8 dias de terapia), variando de 93 a 100%.
Já para Klebsiella spp. as taxas de CB apresentaram melhora entre os tratamentos sendo de 9% para o controle negativo (sem antibiótico), 43% para o tratamento de 2 dias e 64% para o tratamento de 8 dias.
Este estudo é um exemplo da importância de conhecemos o agente causador da MC. A partir dessa informação, saberemos qual a melhor estratégia de tratamento adotar, como por exemplo, fazer o uso ou não de antibióticos, e qual a duração do tratamento.
Muitos nos perguntam: “qual é o melhor medicamento?”.
Sem a cultura na fazenda o tratamento é feito no escuro. Se tiver predominância de E coli, qualquer protocolo que utilizar “será um sucesso”, pois os animais apresentam uma alta taxa de cura espontânea (independentemente de ter usado antibiótico ou não).
Portanto, a nossa resposta é sempre a seguinte: com a cultura na fazenda voce mesmo encontrará a resposta para a sua fazenda e para os seus animais.

Confira aqui, sugestão de protocolo de tratamento de mastite clínica (via e duração).

Fonte:
Fuenzalida, M.J.; Ruegg, P.L. Negatively controlled, randomized clinical trial to evaluate intramammary
treatment of nonsevere, gram-negative clinical mastitis. Journal of Dairy Science, v. 102, p. 5438-5457, 2019.

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